Cheguei com expectativas de que fosse (mais) um curso de escrita, e tem sido tão mais que isso. Muito mais importante e inspirador que qualquer técnica, gramática, é a descoberta da nossa própria essência. Tenho «escavado» as memórias e descoberto tanto sobre mim, ou porque foram mesmo novidades ou porque haviam sido habilmente enterradas no fundo da alma, numa das gavetas do coração (as que ficam trancadas). Não poderei, por isso, esperar mais ainda do que já recebi e pelo que estou tão grata. Tudo o que vier a alcançar dever-se-á, e muito, ao que a Susana nos fez procurar em nós durante a mentoria. Saber reconhecer, perdoar, libertar, agradecer, sorrir, chorar, crescer – em nós, por nós, para nós – é uma dádiva que irei certamente usar diariamente. (E o que é que isto tem a ver com a escrita? Tudo. Absolutamente tudo. A escrita que não sai directamente do coração é apenas um conjunto de caracteres. Tem de vir – e concordo desde o primeiro dia com a Susana nisto - de dentro. Se não nos fizer sentir enquanto escrevemos, mais ainda do que ao nosso potencial leitor, algo de muito errado se passa, e devemos dar um ou vários passos atrás e perceber onde nos perdemos, onde é que deixámos de ser nós próprios, e recomeçar.).